@vazando
Muitos de vocês só acessarão esta página ao final da prova, então seria até crueldade eu dar aqui uma dica que pudesse ser útil. Não , não me arrisco. A estas horas vocês devem estar calmos e almoçando levinho. ( Nem olhem pro lado do torresmo e do angu, são mortais para química! )Este negócio de blog até que é divertido quando você se perfila com determinado gosto muito maluco e de repente percebe que há pessoas malucas que ligam para aquilo e tem muito a dizer e que poderiam passar por você sem jamais sonhar que há algo a ser dito! Pois foi o que aconteceu. Uma das "perfiladas" BEE é uma doida madrilenha . O blog dela chama
http://calenco.arkania.org/beex.html .
Dali tirei um poema que talvez valha a pena traduzir para ler neste Natal que lhes desejo Feliz.
teu luar inalcançável como o beijo de uma lua
e se decidisse não voltar
nunca
a falar?
e se decidisse não voltar a por
minha voz
nas sombras dos sons do mundo?
Me alegra pensá-lo.
Me alegra muito pensá-lo.
(Também me alegraria poder ficar surda à
vontade.)
Teria que aprender a linguagem dos sinais.
Falar seria em mim uma dança de minhas mãos.
Meu filho aprenderia comigo a linguagem dos sinais.
Talvez tivesse problemas profissionais, mas talvez
pudesse conhecer outro mundo,
o mundo dos que não falam
e o dos que não ouvem.
.... esse mundo deve existir em algum lugar.
Reclamaria meu direito de trabalhar assim.
Provavelmente, encontraria um advogado surdomudo.
(Talvez tivesse que reclamar
muitos direitos,
como o de permanecer vivendo
com meu filho)
Creio que minha escrita
penetraria muitíssimo
na palavra. Em seu som.
Em seu verdadeiro som.
... e talvez só voltasse a falar
quando me beijasse a Lua, o que é
praticamente impossível.
Creio que poderia estar mais protegida
quando as pessoas se aproximassem de mim
e me viesse a dança das mãos.
Só permaneceriam os perseverantes,
os que tivessem algo importante a comunicar
ao meu interior silencioso...
Me sinto a amada do silêncio,
me sinto bem. Cortêsmente seduzida,
...
sorrio.
Me alegra pensar que seria capaz de
fazê-lo:
não voltar
a pronunciar
palavra.
Pois é gente, depois dessa eu vazei .
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