terça-feira, janeiro 24, 2006

Dias negros para as Ciências Malucas



Dias negros para as Ciências Malucas - Ciência Hoje - Portugal

Estudo norueguês liderado por Marianne Loeken revela como a atitude das crianças face aos cientistas mudou nos últimos anos!

A juventude de hoje parece não ter adotado a idéia do excêntrico, absorto em si mesmo e muitas vezes perigoso Cientista Maluco.
No início dos anos 90, o Nysgjerrigper Club norueguês foi lançado nas escolas primárias. Foi aí que o Research Council of Norway ( CNPQ da Noruega ) convidou, pela primeira vez, crianças dos 7 aos 15 anos, a desenhar cientistas e investigadores. Naquela ocasião a maior parte dos desenhos enviados para o Nysgjerrigper era de cientistas químicos e dos chamados cientistas malucos. Nenhum dos desenhos mostrou cientistas do sexo feminino.
Mais de uma década mais tarde, o Nysgjerrigper retomou o teor das atitudes das crianças acerca da investigação e de cientistas ao organizar uma competição de desenho na Internet, através do sítio www.nysgjerrigper.no.
-“De Março até Setembro recebemos quase 300 desenhos” diz Marianne Loeken. “Com base nesses desenhos esperamos conseguir ter uma ideia das atitudes das crianças acerca da investigação. Eu quero sublinhar que os resultados são uma descrição qualitativa do material e não o resultado de um inquérito científico”, explica
Até agora, os contribuintes são 52 % garotas e 48 % garotos e em quase 30 % dos desenhos são descritas cientistas do sexo feminino em diferentes situações de investigação. Apesar de os rapazes desenharem mais frequentemente cientistas malucos, que ainda se encontram representados, eles desenham também cientistas do sexo feminino.
A criatividade e a imaginação dos jovens artistas ao considerar possíveis tópicos de investigação são impressionantes: cientistas de gatos, cientistas de cavalos, cientistas de cores, cientistas da lua, cientistas do riso, investigadores meteorológicos, cientistas de bactérias, cientistas de vulcões, cientistas de sapatos, cientistas de moda, cientistas de óculos, cientistas de música rock, cientistas de computadores, cientistas de salmonela, cientistas de escola, cientistas gangsters, cientistas trolls e cientistas de café estão representados nos desenhos deste ano.
E, senhores cientistas e educadores em ciências brasileiros, como seria nossa cara aos olhos de nossas crianças. Talvez, se tivéssemos a coragem de lhes pedir que nos desenhássemos, elas poderiam nos ensinar algo sobre nossas práticas!

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